segunda-feira, 29 de junho de 2009

Alguém tem alguma coisa de agradável para dizer?

" - Não te ponhas a grunhir - repreendeu-o Alice - Isso não são maneiras de te exprimires. (...) E começou a pensar nas crianças que conhecia que podiam dar lindos porcos, dizendo de si para si « se ao menos soubéssemos a maneira de as transformar...»

Não sei o que se passa mas só oiço "grunhir" à minha volta. Dizem coisas que não entendo, palavras e acções parecem não condizer, nada têm de agradável para dizer, e o que de agradável podem dizer são mentiras. Conheço pessoas que dariam uns belos porcos e porcos que dariam excelentes pessoas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Uma questão de tamanho

"Porque eu sou do tamanho do que vejo", escreveu Alberto Caeiro. Será que é assim mesmo? Sei que quando estou pequena "vejo" tudo muito mais ao promenor, talvez dê mais importância às pequenas coisas. Quando estou grande, alargo os horizontes, as coisas não são ou pretas ou brancas, consigo ver os tons de cinzento, o que quase sempre não torna nada fácil tomar certas decisões. Por vezes o ser grande deixa-me em situações bem incómodas, sempre esperam demasiado de nós. Ser pequena também tem os seus contras. O Mundo parece tomar uma dimensão que provoca uns receios e inseguranças terríveis, talvez isso seja estúpido porque ser grande também não faz com que os medos desapareçam, talvez fiquem é mais disfarçados. Talvez fiquemos mais com a sensação de que conseguimos controlar tudo e que as pessoas nos olham de uma maneira diferente. Será que quanto mais "vemos" mais crescemos? Será que isso é bom? Sempre aumento e diminuo e ainda não cheguei a conclusão nenhuma. Será que o tamanho interessa?

domingo, 14 de junho de 2009

"Meter conversa"

" A Lagarta e Alice contemplaram-se mutuamente em silêncio durante algum tempo. Por fim, a Lagarta tirou o cachimbo de água da boca. e dirigiu-se-lhe numa voz sonolenta e lânguida.
- Quem és tu? - perguntou."

Certas pessoas não sabem mesmo como "meter conversa". Podia ter perguntado se queria experimentar o cachimbo... Gostam de fazer perguntas difíceis, serem "cuscas", querem uma resposta que demore uma vida a responder para não terem de falar mais. Possívelmente depois nem ouvem metade do que se diz. Falarmos de nós pode-se tornar muito aborrecido. Falarmos de nós também pode parecer que dizemos só mentiras. De qualquer forma, será que eu sei quem sou? O que sou agora não serei mais no momento seguinte. Também ninguém pode ajudar-me. Sempre reparo que cada pessoa vê e entende-me à sua maneira.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Forever young

"- Não tens o direito de crescer aqui - censurou o Arganaz.
- Não digas disparates - ripostou Alice, mais abruptamente. - Sabes que também estás a crescer. - Sim, mas eu cresço a um ritmo razoável - disse o Arganaz - e não dessa maneira ridícula."

Este Arganaz tem cada uma! Cada um cresce ao seu ritmo. Umas vezes crescemos mais depressa outras vezes somos mais lentinhos. Ainda não percebi se crescer é importante. Quanto mais crescemos mais difícil se torna a vida. Em crianças só queremos ser adultos, imitamos os adultos, queremos ser adultos bem depressa. Depois de adultos não podemos ter certo tipo de reacções, temos de seguir um padrão: sermos chatos!. Padrões menos adequados, e vá-se lá saber o que é menos adequado e onde estão essas regras, são punidos logo com uma belíssima frase: vê se cresces! Como se isso fosse uma grande coisa. Sinceramente, esta "profissão de adulto" não está com nada, parece que temos de esquecer mesmo o que já fomos em criança.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Corrida Eleitoral


Corrida eleitoral... isto faz-me lembrar alguma coisa.
"- O que eu ia dizer - disse o Dodó, ofendido, - era que a melhor coisa para nos secar seria uma Corrida Eleitoral. " Realmente maior "seca" não há, e pouco parece adiantar... adiante." - O que é uma Corrida Eleitoral? - inquiriu Alice (...) - Ora, a melhor maneira de explicar é fazê-la (...) Primeiro, desenhou uma pista de corridas, numa espécie de circunferência (« não interessa a forma exacta», disse ele ), e depois colocou cada um deles num ponto da pista. Não havia nenhum « um, dois, três, já!», mas principiava-se a correr quando se queria, e desistia-se também quando apetecia, de maneira que não era fácil perceber quando terminava a corrida" Pois é... ninguém percebe quando acaba ou começa a "corrida", campanha política é a toda a hora e não sobra tempo para pôr em prática o que tanto se apregoa. Também não interessa a forma como se faz"(...) - Acabou a corrida! E todos o rodearam, ofegantes a perguntar: - Mas quem é que ganhou? O Dodó só pôde responder a esta questão depois de pensar longamente" Sim é uma questão que sempre deixa muitas dúvidas." (...) Por fim disse: - Ganhámos todos e todos devemos receber prémios" Isto sempre me faz lembrar os discursos no fim de todas as eleições. Existem livros que permanecem actuais passe o tempo que passar.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Tens toda a Razão Chapeleiro

O Chapeleiro é que teve razão em se zangar com o Tempo. Sempre esperamos demasiado do Tempo e ele nada faz por nós. Quem decide? Nós! Tempo, vai andando se quiseres, logo vejo se te acompanho ou não. Não me aborreças.

domingo, 7 de junho de 2009

Que estará para lá?

A porta de passagem para o mundo virtual... Que me espera? A partir de hoje irei saber